Fabricante de cigarro pode ser fechada por débito tributário, decide STF
Decisão, por maioria de votos, foi tomada no julgamento da ADIn 3.952.
Da Redação
quinta-feira, 30 de novembro de 2023
Atualizado às 08:16
O STF decidiu, nesta quarta-feira, 29, que a Fazenda Pública pode cancelar o registro especial de empresas fabricantes de cigarros nos casos de não pagamento de tributos, quando atendidos alguns requisitos. A decisão, por maioria de votos, foi tomada no julgamento da ADIn 3.952.
De acordo com o entendimento firmado, o cancelamento
Processo
Na ação, o Partido Trabalhista Cristão (PTC, atual Agir) questionava a validade de norma que permite que a Secretaria da Receita Federal cancele o registro especial necessário para o funcionamento de indústrias de tabaco (ar. 1º da lei 9.822//99), no caso de não pagamento de tributos ou contribuições. Também contestava o artigo 2º do decreto-lei 1.593/77, que permite à empresa recorrer da decisão da Receita, mas determina que esse recurso não tem efeito suspensivo, ou seja, não permite que a fábrica funcione até a conclusão do caso.
A ação começou a ser julgada em outubro de 2010. O voto do relator, ministro Joaquim Barbosa (aposentado), foi acompanhado pela maioria da Corte.
Efeito suspensivo
Na decisão, o Plenário também concluiu que o recurso administrativo contra o cancelamento do registro tem efeito suspensivo, com fundamento no devido processo legal para que se chegue, judicialmente ou administrativamente, à conclusão sobre se houve ou não sonegação.
Na conclusão do julgamento na sessão de hoje, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, observou que se trata de caso muito particular, em que uma empresa era inadimplente contumaz no recolhimento de tributos, o que gerou um quadro de concorrência desleal com as demais empresas.
Processo: ADIn 3.952
Informações: STF.
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