STF: 1ª turma autoriza extradições de estrangeiros condenados por estupro
A turma também determinou que julgado o pedido de extradição no STF e comunicadas as autoridades competentes, os processos dessa classe processual sejam arquivados e retirados do acervo dos ministros.
![STF: 1ª turma autoriza extradições de estrangeiros condenados por estupro.(Imagem: Antonio Augusto/SCO/STF)](https://i0.wp.com/oabararuama.org.br/wp-content/uploads/2024/02/https__img.migalhas.com_.br__SL__gf_base__SL__empresas__SL__MIGA__SL__imagens__SL__2024__SL__02__SL__06__SL__fd5b9fb4-333e-4ed3-8781-90037aab5ac1.jpg._PROC_CP65.jpg?resize=780%2C470&ssl=1)
Da Redação
terça-feira, 6 de fevereiro de 2024
Atualizado às 18:10
A 1ª turma do STF nesta terça-feira, 6, por unanimidade, autorizou a extradição um cidadão português (Ext 1.821) e de um cidadão colombiano (Ext 1.836). Os processos foram relatados pela ministra Cármen Lúcia.
O colegiado verificou que os pedidos atendem aos requisitos estabelecidos na lei de migração (lei 13.445/17), entre eles a correspondência dos crimes com delitos previstos na legislação brasileira (dupla tipicidade). Nos casos analisados, os cidadãos estrangeiros foram condenados pelo crime de estupro em seus países.
Proposta
A 1ª também aprovou proposta da ministra Cármen Lúcia para que, julgado o pedido de extradição no STF e comunicadas as autoridades competentes, os processos dessa classe processual sejam arquivados e retirados do acervo dos ministros.
Segundo a legislação brasileira, a extradição é um ato discricionário do presidente da República. Assim, o STF não analisa o mérito das acusações, apenas se o pedido atende aos requisitos legais e formais exigidos para a extradição de pessoa estrangeira.
A ministra observou que, como após a autorização se encerra a competência do STF, o arquivamento do processo deveria ocorrer assim que se esgotasse a possibilidade de recursos. O presidente da 1ª turma, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que levará a proposta ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso.
Os processos tramitam em segredo de justiça.
Informações: STF.
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